terça-feira, 4 de novembro de 2014

O bilhete

Naquele dia não tinha tomado café direito, estava indo para faculdade, mas um típico dia de segunda daqueles cansativos que você percebe que acordou tarde porque da festinha da noite passada ou porque ficou até tarde conversando nas redes sociais, enfim fui pegar meu ônibus o mais rápido possível, entrei, paguei minha passagem e fui pro meu canto preferido, no fundo do ônibus. Não gosto de sentar na frente, as pessoas da frente são sempre encaradas por quem está chegando, pelo visto já deu pra perceber que sou tímida, mas não o bastante pra ficar envergonhada por qualquer bobagem, só me sinto envergonhada com aqueles olhares vindo direto pra você. O ônibus freiou, levei um susto naquele momento, estava mergulhada nos meus pensamentos, olhei pra fora para me informar do estava acontecendo. Nada demais. Eram só mais passageiros, visivelmente nenhum daqueles que entraram gostavam do fundo como eu, mas de todos aqueles passageiros, de todos os garotos, de todas as crianças, meu olhar se baterá justo com o de um, cujo nome eu jamais poderia me esquecer Gabriel, com um rosto que não poderá se confundir ao de ninguém, tinha sido minha paixão mais ardente, pena que naquela época ele se mudou pra distante junto com os pais e perdemos o contato, porque tínhamos brigado, ele com o seu orgulho, e eu com o meu. Ele se sentou do meu lado o outro lugar vago tinha uma mãe com um bebê que não parava de chora rs. Ele se virou pra mim e sorriu de orelha a orelha eu no caso sorri discretamente e virei ao lado da rua, eu mergulhei novamente aos meus pensamentos mas todos eles se voltavam pra ele, eu queria simplesmente virar e beija-lo mais uma vez, mas e se ele tivesse encontrado outro amor? Eu não havia superado todo aquele amor que tinha por ele, tinha apenas o guardado para o momento certo. A parada dele chegou ele deu tchau e foi pro caminho dele eu acenei com a mão. Não tinha nada  pra fazer, a rua se tornara chata, peguei meu celular que estava no bolso da minha mochila e um papel caiu, provavelmente de uma das minhas conversas alheias por escrita durante as aulas, peguei o papel abri. era ele.


      Demorei pra perceber que ainda gosto muito de você
      por favor não hesite em me ligar.

  Abaixo o numero dele, respirei, sorri dessa vez como nunca antes digitei o numero e liguei. aquela tinha sido a conversa mais feliz e duradoura da minha vida.

3 comentários:

  1. Amei *--*
    Texto muito lindo , viu? Você deve fazer mais :D

    cancoeseflores.blogspot.com.br

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    Respostas
    1. Brigada Thuca ;)
      Resposta esta atrasada mas de qualquer forma esta valendo...

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  2. O fundo é o melhor lugar Haha.. Mesmo que eu seja o único passageiro, sento no fundo, mas não no canto. Sento-me bem no meio :p

    Pareço ser o único homem perdido aqui mas... Gostei do blog de vocês!

    Dêem uma passada no meu quando puderem:
    LeowLopez.blogspot.com >>LINK<<

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